Arroz doce da Teresa

Já devem ter lido isto em muitos sítios, "O arroz doce da minha Mãe é o melhor do mundo!"

Mas o da minha Mãe é mesmo o melhor, por isso, nada mais justo que partilhar com quem ainda não comeu a melhor versão deste doce tantas vezes arruinado por mãos sovinas no açúcar ou apressadas na cozedura, que nos proporcionam experiências dolorosas a trincar grãos de arroz crus envoltos numa argamassa branca que não conseguimos bem classificar..... Um aviso, nunca coma arroz doce fora da casa. Ponto final.

Como toda e qualquer receita extraordinária, é preciso ter tempo para o fazer, e não vale querer abraçar várias tarefas ao mesmo tempo, quando pomos o tacho ao lume, é para entrar em transe e meditação de colher de pau na mão.....

Cá vai:

Para uma travessa de arroz doce, igual à da imagem (é grande), 

colocamos uma chávena de chá com arroz carolino num tacho, cobrimos o arroz com água, juntamos uma tira de casca de limão generosa e um pau de canela. 

Levamos ao lume a ferver, com muito cuidado, porque a água é pouca e o arroz não pode agarrar. 

Assim que a água tiver evaporado toda, deitamos no tacho um litro de leite (sinceramente não faz qualquer diferença ser leite do dia gordo, desde que seja leite de vaca). 

Mexemos sempre, em lume baixo, até o arroz cozer!

Assim que o grão estiver mole, deitamos no tacho o dobro em açúcar (duas chávenas de chá) e mexemos deixando ferver em lume baixo, mais uma boa meia hora.

Este processo vai engrossar o leite com o açúcar, e está no ponto quando fizer estrada no fundo (ao passar a colher de pau no fundo do tacho, conseguimos vê-lo por instantes, mas cuidado para não ficar demasiado preso). 

Retiramos a casca do limão, o pau de canela e adicionamos uma colher de manteiga que derrete e se mistura no arroz.

Deitamos o doce numa travessa e depois de arrefecer um pouco, decoramos a gosto com a canela!

...tenho fome...
;)